Você sabe se manter conectado ao que realmente importa?

Você sabe se manter conectado ao que realmente importa?

E chegou 2021. Acabamos de passar por um dos anos mais desafiadores da história da humanidade, e se você chegou aqui, já é uma vitória por si só.

Com um novo ano, inevitavelmente vêm também os objetivos para os próximos 12 meses. Principalmente depois de muitos de nós não termos conseguindo completar o que a gente planejava para 2020.

Mas antes de tudo, quero te fazer uma pergunta: você sabe se manter conectado àquilo que você tem de mais valioso? Você tem o foco que precisa para seguir os seus sonhos e fazer o que realmente importa?

Quero deixar aqui alguns passos práticos que você pode fazer para retomar a sua atenção no dia a dia:

– Desligue as notificações. Controle o seu celular, o não o contrário; deixe apenas comunicações essenciais.

– Delete os aplicativos que não precisa e desperdiçam seu tempo.

– Tente sempre escolher o conteúdo que você vai consumir ao invés de seguir os recomendados para você pelos algoritmos.

– Antes de compartilhar uma informação ou notícia, jogue no Google e dá uma verificada se é uma notícia real ou fake news.

Esses são pequenos passos, mas tenho certeza que já vai te ajudar a dar o pontapé inicial para refletir sobre esse assunto.

Se tiver interesse em se aprofundar no assunto, recomendo muito o documentário “O Dilema das Redes”, disponível no Netflix. Ou, para uma aula mais rápida, pode assistir o TED Talk do Tristan Harris, ex-funcionário da Google na área de ética de design.

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Multiverso

Multiverso

Há mais de 2000 anos Platão descreveu um reino de ideias universal ao qual as mentes individuais conectavam pra formar seus conceitos separados e mais limitados. Pra ele havia uma ideia de verdade, uma ideia de bondade e uma ideia de beleza e até ideias universais de coisas como maças e cadeiras. Platão acreditava que os indivíduos podiam se comunicar uns com os outros mesmo de maneira imperfeita e com isso compartilhar uma cultura de ideias pelo simples fato de todos terem igual acesso às ideias universais.

Isso também chama-se multiverso. Acesso às ideias universais.

No século 20, o grande filósofo católico Teilhard de Chardin propôs uma ideia similar. A existência de uma noosfera separada da biosfera material. De novo, multiverso.

Essa noosfera seria um manancial de conceitos e significados à disposição de todos os seres humanos que formariam uma camada de vida consciente do indivíduo.

Alguns anos depois o psicólogo, Carl Jung propôs uma teoria de inconsciente coletivo, uma camada da vida mental dos seres humanos povoada de arquétipos, significados e eventos traumáticos em larga escala que pode ser acessada por qualquer indivíduo. Ele acreditava que muitos dos temas de nossos sonhos e mitos que se repetem nas diferentes culturas tem sua origem nesse inconsciente coletivo. Jung também sentia que o inconsciente coletivo está por trás das inúmeras experiências de telepatia entre indivíduos e a sincronicidade de eventos aparentemente separados, mas com o mesmo significado. Isso também é uma interpretação de multiverso. As visões de Jung, eram similares às daqueles que apoiam a noção de um zeitgeist, ou espírito da era.

Em 1984, o psicólogo e terapeuta familiar norte-americano Ibrustaubain levou o inconsciente coletivo a dar dois importantes passos pra frente, dois saltos.

Primeiro em seu extenso trabalho com famílias, ele notou que membros dos grupos familiares parecem compartilhar o inconsciente familiar. O psicólogo sugeriu que este manancial parte pessoal parte compartilhado, era o responsável pelos sonhos iguais ou similares, sentimentos e atitudes duradouras e hipóteses coletivas, estilo de criação dos filhos, divisão de papéis e modelos de comportamento recorrente, como até vício ou abuso, que a gente encontra nos grupos familiares.

Ele afirmou que o inconsciente familiar atravessava gerações e que certos aspectos dessa esfera podiam deixar de surgir em algumas gerações.

O segundo grande passo trazido por esse psicólogo foi escrever que essa matriz familiar inconsciente como um campo que age tanto dentro dos membros individuais da família como também entre membros da família, tinha a proposta e ocorre algo parecido e talvez idêntico com os campos eletromagnéticos, gravitacionais ou quânticos que a gente encontra na física.

Dentro da Física Quântica, possivelmente quando o elétron salta de uma órbita para outra ele está em outra dimensão. Num universo paralelo. Então, em termos científicos, isso é o multiverso que tanto falamos em toda a equação desenvolvida no IDHL.

O conceito de campos de força ou conceitos inter-racionais emprestados da física, é útil para compreender essa matriz.

Um campo clássico na física é um tipo de tensão ou então de estresse que pode existir em um espaço vazio na ausência de matéria. Se revela produzindo forças que atuam sobre qualquer objeto que por acaso esteja no espaço ocupado pelo campo.

Assim os campos podem ser os responsáveis pela ação. A distância através dos espaços vazios, explica como os objetos distantes podem atuar um sob os outros, isso quer dizer que os campos fazem os objetos separados pelo espaço se relacionarem entre si. Isso também é considerado multiverso.

De fato todos esses campos (o eletromagnético, gravitacional e quântico) existem dentro e em torno dos nossos organismos físicos. Vários cientistas do final do século 20 sugeriram que um deles ou todos podem ser envolvidos em nossa vida consciente.

Segundo a lógica do psicólogo Ibrustaubain, essas matrizes inconscientes estão presentes quando se trata de um grupo de pessoas que vivem ou trabalham juntas. Cada organização ou instituição tem emoções.

De fato, nossa sociedade global que está totalmente conectada pode haver campos culturais ou globais muito menores do que o inconsciente compartilhado.

Desde 1977 um grupo de pesquisa chefiado por Gii han Gian, e centralizado na universidade de Princeton nos EUA, vem fazendo testes para detectar se eventos conscientes, em larga escala, tem algum efeito sob sensores eletrônicos ou localizados em diferentes partes do mundo. Os pesquisadores espalharam cerca de 50 geradores eletrônicos de números aleatórios, os RNG’s, pelos vários continentes e os conectaram a um computador central em Princeton.

Como a gente está falando de números aleatórios, as flutuações geradas pelos vários aparelhos não mostram a relação entre si, ok. Mas mostram uma coisa importante que tem a ver com o multiverso.

As ocasiões em que ocorreram os eventos que afetaram grandes massas de pessoas, houve correlação nos resultados vindos dos vários geradores. Por exemplo, uma delas foi na ocasião do funeral da Lady Di, em 11 setembro de 2001 e a probabilidade dessas relações serem uma coincidência é de 1 em 10 bilhões.

Os pesquisadores interpretaram esse resultado como um indício da existência de um campo mundial de consciência e da interação desse campo com a matéria. Ou seja, o multiverso interagindo conosco.

Não existe coincidência. E talvez seja por isso que estamos juntos agora.

Pra entender as motivações humanas e como a inteligência espiritual poderia nos alterar basta dizer que é grande a probabilidade da existência de um campo coletivo de consciência. E o significado, seja qual for na sua base física, subjacente, significa que nós acessamos informações que estão no multiverso e que várias pessoas acessam ao mesmo tempo.

Estamos todos então vivendo em mundos paralelos. Todos imersos nesse campo e interagimos com ele. O que nos permite ver os estados motivacionais como ímãs, pontos de energia focalizado que funcionam como as depressões da máquina de fliperama, que atraem as bolinhas de metal.

Para encerrar vou pincelar o significado do coeficiente espiritual.

O coeficiente espiritual como algum princípio ativo de transformação, está contido exatamente nesse ímã, pontos de energia que nos atraem.

As perguntas que a gente deve fazer são: quais são as qualidades ou processos de inteligência espiritual que atuam como modificadores motivacionais, quais são os princípios ativos e dinâmicos da inteligência espiritual e, muito importante é, como que através dessa tranquilidade, dessa transmissão de amor e dessa conexão com essa massa que está fazendo essa sincronia com o multiverso conseguimos mudar a nossa vida.

Na prática a meditação é uma forma de você entrar neste multiverso e de experienciar esta inteligência espiritual.

Fazer esta sincronia com o multiverso, emitir amor e fazer as coisas com leveza e com a compreensão de que elas fluem é também uma possibilidade de vivenciar a vida plena.

Viver Sem Pressa

Viver Sem Pressa

Sempre que a gente exige demais da gente mesmo, voltamos aos antigos modos de pensar e reagir. Quando estamos muito cansados perdemos totalmente a perspectiva e controle. Reagimos de maneira excessiva às coisas mais simples, mais comuns e mais fáceis de resolver. Nos tornamos agressivos, frustrados e desanimamos facilmente.

Parece até meio paranoico. Sentimos que tem sempre alguém perseguindo, querendo nos enganar ou querendo tirar vantagem. Eu tenho a impressão que a fadiga, o cansaço mental, a vontade de parar e não conseguir, traz o pior das pessoas para fora. É como uma válvula de escape. Fica aquele apito irritante nos ouvidos dos outros e aquele vapor que não dá para enxergar nada pela frente.

É importante repensar o trabalho, as horas dedicadas, a escolha da profissão. Quando o ritmo de trabalho é alucinante e começamos a abrir mão das coisas mais serenas e mais gostosas da vida, como passear num parque, viajar para uma praia, conversar calmamente com seu amor, ver seu filho crescer, desenhar bichinhos sem nome, criar histórias para dormir, sonhar com o amanhã, está na hora de repensar a vida.

Está na hora de repensar as prioridades.

Quero me ver velhinha no colo de quem amo, fazendo um canteiro de flores, escrevendo para meus amigos, lembrando de histórias que dividi com pessoas que me amam de verdade. Para isso só existe uma saída. Viver de maneira abençoada, dividir gargalhadas e lágrimas e definitivamente trabalhar sem fazer com que o resultado seja uma carga pesada demais para carregar.

Não é preciso se esforçar para tirar férias, desde que ela seja apenas um momento de descanso e não de planos mirabolantes. Não é necessário se esforçar para dizer eu te amo. É só tirar um minutinho do dia e ligar para alguém que você acha que precisa ouvir esta declaração suave de vida.

Não acredito que fomos criados para viver correndo, comendo fast food, lutando por um espaço. Fomos criados para nos divertir, viver em comunidade e respeitar nossos próprios tempos e limites. Uma das necessidades mais urgentes desta geração é, sem dúvida aprender, a descansar, parar e rever o tempo que ainda resta.

Conhecimento é Poder?

Conhecimento é Poder?

Na era do conhecimento, muitos ainda sofrem com sua escassez. Não pela falta de fontes confiáveis, mas pela falta de hábito da pesquisa e interesse em saber como as coisas realmente são. Ou pelo menos de ultrapassar aquela linha tênue da qualidade pela quantidade de curtir e compartilhar materiais sem nenhum critério.

O poder que era atribuído quase individualmente no início da era digital como um diferencial e uma vantagem competitiva hoje transformou-se na cultura dos movimentos de massa, em que o número de participantes influencia diretamente na percepção dos usuários das redes. Não há categorias específicas para classificar a população com vida digital, pois além de humanos, há zumbis robóticos e algoritmos que enganam até os sistemas mais sofisticados que convivem com os tipos tradicionais que habitam as redes.

Os desenvolvedores, programadores e empresas, cujo papel é oferecer a infraestrutura necessária para a integração social nas redes, parecem ter sido relegados a segundo plano, ainda que eles sejam os únicos que lucram diretamente com a popularização das mídias digitais. Muitos podem duvidar disso, questionando se o Marketing Online e todo e-commerce também não estão movimentando tudo isso. É claro que sim, mas para esses grupos não há lucro direto com a rede.

A rede é o shopping center onde contratantes e contratados tentam promover seus negócios, enquanto as empresas de software ganham com o produto em si – a rede e seus recursos, jogos, aplicativos e programas incorporados em sites. Os usuários navegam e apresentam ideias, embora a maioria só repasse informações mesmo sem tentar compreender ou minimamente ler o conteúdo; na prática, apenas uma pequena parcela gera conteúdo e desses, poucos compõem a massa crítica que realmente avalia o que circula e movimenta a rotina mostrada nas nossas telinhas digitais.

Que o futuro nunca mais será o mesmo, sabemos. Mas sempre haverá aquela demanda latente por novidades, fofocas, mensagens alarmistas e notícias que fortalecem crenças que ninguém sabe como e de onde surgiram. E assim, o poder das redes ilude, seduz e vicia a cada dia mais gente como a gente, que descobre o poder da informação até de uma forma infeliz, pois acabam percebendo que o poder de comoção e persuasão de um boato ou vendas em esquema pirâmide trazem mais seguidores do que disseminar conhecimento útil.

Nesse contexto, cada formador de opinião cumpre seu papel conforme sua convicção. Informações sólidas sempre encontrarão interessados e vice-versa, mesmo que suas fontes sejam raros e tornem-se referência. Boatos e lendas atraem público imediato e nem sempre se sustentam. Para cada público, um artista. E a vida continua, em rede ou na rua.