3 dicas para líderes impactarem positivamente a saúde mental de seus times



Se você é um líder, aposto que já está cansado de ouvir como a saúde dos colaboradores tem um custo de bilhões de dólares para as empresas em todo o mundo.

A Organização Mundial da Saúde estima que, globalmente, as empresas perdem US$ 1 trilhão de dólares por ano em produtividade perdida por conta da saúde mental dos seus colaboradores.

Uma das maiores empresas de consultoria organizacional do mundo, a Gallup, publicou na Harvard Business Review uma análise agregando décadas de dados coletados sobre variáveis que levam a resultados positivos tanto para as empresas como para os colaboradores.

E a principal variável que eles identificaram foi o nível de engajamento com o trabalho.

A importância da saúde mental no trabalho

Um alto nível de engajamento ajuda as empresas a terem maior produtividade com seus times, produtos de maior qualidade, e, claro, maior lucratividade.

Só tem um problema: pessoas ansiosas e estressadas não conseguem ter alto engajamento com o seu trabalho.

Uma pesquisa publicada na revista Cogent Business & Management por pesquisadores paquistaneses mostra que baixos níveis de engajamento levam a diminuição da moral e da produtividade das equipes, aumento da rotatividade, maiores índices de acidente de trabalho e grandes perdas financeiras para as empresas – que poderiam ser evitadas.

Por outro lado, colaboradores satisfeitos e engajados relatam 74% menos estresse, 106% mais energia no trabalho, produtividade 50% maior, 13% menos dias de afastamento por doença, 29% mais satisfação com suas vidas e tem 40% a menos de chance de terem burnout.

Quem compartilha esses achados é o Paul Zak, um neuroeconomista americano que desenvolveu pesquisa pioneiras nessa área, estudando biologia, psicologia e neurociência para entender melhor a parte biológica das nossas tomadas de decisão.

Na sua pesquisa ao longo de mais de 10 anos, o Paul Zak chegou à base do que diferencia uma empresa onda os colaboradores se sentem engajados e participativos, de empresas onde as pessoas não se sentem bem no ambiente de trabalho.

Segundo ele, a principal diferença é uma cultura de confiança entre os líderes e suas equipes, indo desde a alta liderança e cargos executivos até os estagiários e profissionais que estão no começo das suas carreiras.

Em empresas que promovem uma cultura de confiança, os profissionais colaboram melhor uns com os outros, ficam mais tempo em seus cargos, têm níveis menores de estresse e reportam estar mais felizes em suas vidas como um todo, não apenas no trabalho.

Quando nós temos uma cultura de confiança dentro das empresas, pautadas pela liderança, nós temos o poder de romper ciclos tóxicos de sofrimento das pessoas e criar um espaço de trabalho que proteja a saúde mental de todos que trabalham ali.

Para muito além dos resultados financeiros para as empresas, essa é a porta de entrada para uma revolução na nossa sociedade na maneira como nós nos relacionamos uns com os outros.

Facilitar ambientes para criarmos relações mais profundas e significativas é a chave para um futuro onde as pessoas podem ser mais felizes e saudáveis.

Insights da neurociência para líderes

Agora que você conhece um pouco mais sobre o impacto da saúde mental sobre a produtividade dos times, pode estar se perguntando o que fazer no seu papel como líder.

Abaixo, vou compartilhar alguns insights da neurociência que baseiam soluções para empresas desenvolverem suas lideranças e estimular ambientes e relações que fortaleçam a saúde mental de todos os seus profissionais.

  1. Reconheça o esforço e conquistas da sua equipe

A neurociência mostra que o reconhecimento tem maior efeito sobre a confiança quando acontece imediatamente após uma conquista importante, quando parte dos próprios pares de um colaborador, e quando é tangível, pessoal e pública.

A gente pensa muito no reconhecimento associado a metas, se a equipe bater a meta precisa reconhecer o esforço. Mas na verdade, vai muito além disso.

Estar alinhado à cultura da empresa, superar as expectativas em um projeto complexo e até aniversários de tempo de casa na empresa são todas oportunidades excelentes para reconhecer uma pessoa pelos seus esforços.

Um estudo realizado pela Great Place to Work mostra que receber um obrigado genuíno dos líderes pode aumentar até 69% a probabilidade dos colaboradores melhorarem suas entregas e se dedicarem mais em suas tarefas.

Isso porque, ao elogiar alguém em público, você não está só incentivando aquela pessoa, mas também mostrando para todos da equipe quais qualidades e comportamentos são valorizados na cultura da empresa.

  1. Desafie o seu time

O segundo insight diz respeito ao que nós chamamos na neurociência de estresse desafiador. Sabe aquela sensação quando você finaliza com sucesso um projeto mais complexo ou fecha com aquele cliente difícil? Essa sensação de conquista libera no nosso corpo alguns neuroquímicos, incluindo a ocitocina e adrenocorticotrofina, que intensificam o nosso foco em uma determinada tarefa e fortalece nossas conexões sociais.

Quando os membros de uma mesma equipe precisam trabalhar juntos para alcançar um objetivo em comum, a atividade cerebral dessas pessoas coordena os comportamentos do grupo de maneira mais eficiente, facilitando a colaboração e cocriação de novas soluções inovadoras.

Mas tem um porém que os líderes precisam se atentar: isso só vai funcionar se a sua equipe estiver equipada para lidar com a complexidade do projeto.

Se o prazo for curto demais ou as exigências estiverem acima da capacidade técnica do time, isso só vai causar mais estresse nos seus colaboradores.

Por isso é importante sempre fazer check-ins com suas equipes e se colocar à disposição para quaisquer recursos extras que eles precisem para finalizar um projeto. Além disso, é essencial que as metas sejam realistas, específica, mensuráveis e tenham um prazo bem definido para serem finalizadas – também conhecidas como metas SMART.

  1. Dê liberdade para a sua equipe

O terceiro ponto para promover uma cultura de confiança nas empresas tem a ver com o microgerenciamento. Ou seja, dar liberdade e autonomia para que as pessoas realizem suas tarefas.

Quando você contrata as pessoas certas e oferece um treinamento adequado para esses profissionais, eles são os mais competentes para realizar as tarefas de um determinado cargo.

Eu sei que é um desafio abrir mão do controle, mas o papel do líder é desenvolver seus profissionais para que eles consigam tocar projetos por conta própria de acordo com as suas forças e talentos.

Espero que essas dicas te ajudam a virar a chave que você precisa para transformar a sua carreira e conquistar produtividade sem perder a saúde.

Quer continuar recebendo insights valiosos sobre Inteligência Biológica e biohacking raiz para uma empresa feliz e lideres produtivos sem perder a saúde mental?

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Eu te mostro como você pode ter uma vida profissional mais equilibrada e produtiva sem abrir mão daquilo que é importante para você!

 

Referências

Zak PJ. The Neuroscience of Trust. Harvard Business Review. 2017. Disponível em: https://hbr.org/2017/01/the-neuroscience-of-trust

Adnan N, Bhatti OK, Farooq W. Relating ethical leadership with work engagement: How workplace spirituality mediates? Wanasika I, editor. Cogent Business & Management. 2020 May 2;7(1). Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/23311975.2020.1739494

Hastwell C. Creating a culture of recognition. Great Place to Work. 2023. Disponível em: https://www.greatplacetowork.com/resources/blog/creating-a-culture-of-recognition

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Como preparar o seu corpo para mudanças segundo a neurociência



Você já parou para pensar como o nosso corpo influencia as mudanças que nós almejamos para a nossa vida?

Pode não parecer, mas a inteligência biológica é essencial para conhecer mais sobre si mesmo, sua carreira, seus relacionamentos e até mesmo seus objetivos e sonhos.

Isso porque se você conhecer a si mesmo profundamente, eu posso te garantir que o seu corpo vai tomar decisões por você que você nem imagina!

Nesse artigo, eu vou te mostrar três dicas da neurociência que você pode usar para preparar o seu corpo a se tornar um aliado quando você quer começar um novo hábito ou fazer uma transformação profunda na sua vida.

Por que o nosso corpo resiste a mudanças

­Pode até parecer contraditório o fato do seu corpo resistir a uma mudança ou hábito que você queria incorporar na sua rotina.

Afinal, se você quer ter mais disciplina para finalizar uma pós-graduação e ter um aumento no salário, isso logicamente é uma decisão muito boa, não é?

Só tem um problema nesse cenário: nós gostamos de estabilidade.

A neurociência mostra que, como seres humanos, nossa espécie evolui sempre preparada para identificar ameaças no nosso meio ambiente. Através de um processo chamado que os neurocientistas denominam neurocepção, o nosso cérebro analisa constantemente o que está acontecendo ao nosso redor.

Existem dois possíveis resultados para essa análise. Quando o nosso corpo identifica que nós estamos seguros, livre de ameaças, é como se a nossa chave social ligasse.

Biologicamente, isso está sinalizando para o nosso cérebro que nós podemos explorar, inovar, e se conectar uns com os outros para enfrentar novos desafios.

Nós nos sentimos mais confiantes, calmos, e temos níveis mais altos de coragem e autocompaixão que nos ajudam a conquistar nossos objetivos pessoais e profissionais.

Mas infelizmente, o que está acontecendo com você no dia a dia está longe disso, sinto lhe dizer rsrs.

O que acontece quando percebemos uma ameaça

Na grande maioria das vezes, o nosso corpo percebe ameaças no ambiente, como o celular que não para de apitar com notificações ou o projeto atrasado com o seu time.

Ao longo da nossa evolução como espécie, sempre que nós percebemos uma ameaça à nossa integridade física, o nosso corpo tem duas reações possíveis: o famoso sistema luta ou fuga.

E como ninguém avisou para o cérebro que um celular é bem menos perigoso que um tigre na selva, nós continuamos tendo essa reação biológica até hoje.

Quando o nosso sistema opta por fugir, é como se o nosso cérebro simplesmente desligasse. Você se sente preso, tem mais chance de procrastinar tarefas importantes, evita tomar decisões e prefere ficar na cama o dia todo.

A boa notícia é que a neurociência descobriu alguns hacks que nós podemos usar para fazer com que o nosso cérebro perceba uma situação como positiva ao invés de negativa. E com isso, nos proporcione essa série de benefícios e motivação que eu contei.

3 dicas da neurociência para promover mudanças positivas na sua vida

 

1. Mude a maneira como você pensa sobre os seus objetivos

Em primeiro lugar, você precisa mudar a maneira como você pensa sobre as suas metas e objetivos.

Isso tem um motivo muito simples, e eu vou te explicar porquê.

Por exemplo, seu objetivo como líder pode ser melhorar a sua habilidade de falar em público para fazer apresentações melhores.

Você pode dizer “eu não quero mais ficar nervoso quando preciso fazer uma apresentação”.

Mas ao pensar nesse cenário, o seu corpo já começa a reagir. Você fica mais nervoso, suas palmas começam a suar e aumenta a sua ansiedade.

Concorda que esse não é um estado de mente propício para aprender uma nova habilidade?

Ao invés disso, você pode ter o seguinte objetivo: “eu quero compartilhar as minhas ideias de uma maneira que poder fazer a diferença para as outras pessoas”.

Focando na conquista e transformação que você vai conquistar ao invés da dificuldade que você precisará enfrentar, o seu cérebro entende essa jornada como algo positivo – e o seu corpo jogo a seu favor ao invés de contra você.

 

2. Elabore um plano nos mínimos detalhes

O segundo passo é elaborar um plano de ação que seja específico e acionável, nos mínimos detalhes.

A ideia aqui é criar um ambiente mental que não ative os gatilhos de ansiedade do nosso cérebro, como acontece quando nós não sabemos como vamos fazer uma determinada tarefa, por exemplo.

Uma pesquisa publicada na Journal of Occupational and Organizational Psychology em 2021 mostrou que profissionais que definiam metas SMART no seu trabalho apresentavam menos estresse diário. Além disso, essas pessoas também tinham maiores níveis de engajamento e maior percepção sobre o seu próprio desempenho quando comparado com seus colegas que não estabeleciam metas.

Por exemplo, se você tiver como meta começar a praticar esportes, uma maneira de pensar sobre esse objetivo é “quero começar a me exercitar todos os dias”.

Mas esse é só o primeiro passo!

Um bom plano a partir desse objetivo seria algo assim.

“Amanhã, o meu personal já separou para mim uma série de exercícios para eu praticar. Eu vou acordar às 7h, tomar um banho curto e vestir as roupas que já separei para a academia. Os meus tênis de treino estão do lado da porta de entrada, junto com as chaves do carro”.

Percebeu como, dessa maneira, você aborda tudo que poderia se tornar um problema com calma e tranquilidade?

Isso diminui as chances do seu cérebro reagir negativamente e você abandonar o plano sem nem mesmo começar.

 

3. Tenha um plano para lidar com os obstáculos

Por último, mas não menos importante, é ter o famoso plano b.

Quando nós começamos qualquer novo projeto, seja na vida pessoal ou profissional, é inevitável: os obstáculos vão surgir.

Ao invés de não pensar nisso e focar apenas no positivo, a neurociência sugere justamente o contrário.

Praticar a autocompaixão e investir no autoconhecimento para saber quais situações serão as mais desafiadoras é essencial para não desistir no meio do caminho.

Por isso, se você algum dia acordar desmotivado, achar que os resultados não estão vindo ou estiver pensando em desistir da transformação que você quer ver na sua vida, respire fundo e tente novamente no dia seguinte.

Espero que essas dicas te ajudam a virar a chave que você precisa para transformar a sua carreira e conquistar produtividade sem perder a saúde.

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Eu te mostro como você pode ter uma vida profissional mais equilibrada e produtiva sem abrir mão daquilo que é importante para você!

 

Referências

Weintraub, J., Cassell, D. and DePatie, T.P. (2021). Nudging flow through ‘SMART’ goal setting to decrease stress, increase engagement, and increase performance at work. Journal of Occupational and Organizational Psychology, 94(2), pp.230–258. doi: https://doi.org/10.1111/joop.12347.

Minichino, A. and Cadenhead, K. (2016). Mirror Neurons in Psychiatric Disorders: from Neuroception to Bio-behavioral System Dysregulation. Neuropsychopharmacology, 42(1), pp.366–366. doi: https://doi.org/10.1038/npp.2016.220.

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A importância dos marcos temporais para a sua carreira



Ano novo, vida nova!

Aposto que você já ouviu esse ditado alguma vez e pode não ter dado muita atenção.

Mas a ciência comprova que os marcos temporais – ou seja, tudo aquilo que nos ajuda a identificar um novo ciclo – têm um impacto poderoso na nossa vida pessoal e profissional.

Como espécie, faz parte da biologia humana os rituais e ciclos de encerramento e renovação. Do ponto de vista da cronobiologia, a ciência que estuda os ritmos biológicos, a divisão mental em fatias de tempo é essencial para que os seres humanos possam organizar internamente a narrativa de suas vidas.

As informações são de um estudo publicado pela Revista Lusófona de Ciências e Tecnologias da Saúde, escrito por Ana Rita Acúrcio e Luís Monteiro Rodrigues.

E a ciência mostra que estamos nos aproximando de um período poderoso que pode influenciar, e muito, os próximos 12 meses da nossa carreira.

O autor Daniel Pink, em seu livroQuando: Os segredos científicos do timing perfeito”, mostra que o primeiro dia do ano é denominado pelos cientistas de um marco temporal.

A cronobiologia define marcos temporais como o ponto de renovação de determinado período de tempo, quando um ciclo é encerrado e outro se inicia.

Segundo Pink, os marcos temporais são caracterizados por promessas pessoais e planos para o ciclo que virá.

É muito comum você ver pessoas definirem objetivos como aprender uma nova língua, começar uma dieta ou desenvolver uma determinada habilidade, por exemplo.

Porém, o autor afirma que embora existam evidências científicas que as pessoas buscam essas mudanças e dão os primeiros passos em direção a seus objetivos, é comum que as mudanças não sejam adotadas a longo prazo.

Por exemplo, dados da International Health Racquet And Sportsclub Association de 2020 mostram que as matrículas em academias no mês de janeiro equivalem a 12% de todos os novos membros no ano. Ainda segundo a mesma fonte, a maioria das academias perde mais de 50% de seus novos inscritos em apenas 6 meses.

Como desenvolver e manter hábitos para deslanchar a sua carreira

Agora que você entendeu sobre a importância de definir novos hábitos quando encerramos ciclos, vou compartilhar com você algumas dicas que ajudam a incorporar esses novos comportamentos todos os dias do ano.

E já te aviso que os benefícios vão muito além de conquistar novos objetivos pessoais e profissionais.

Segundo uma pesquisa publicada em 2014 pela revista científica Journal of Abnormal Psychology, hábitos considerados positivos atuam como fatores de proteção para a saúde mental da população em geral.

Em primeiro lugar, é necessário entender como hábitos são formados do ponto de vista neurobiológio. O conceito de formação de hábitos foi primeiro discutido pelo Dr. Maxwell Maltz, quando descreveu em sua obra “Psycho-Cybernetics” que leva, em média, 21 dias para a mente começar a considerar algo “novo” como sendo normal.

Porém, uma pesquisa mais recente, Habit formation and behavior change, publicada em 2019 no portal científico @Oxford Psychology, de autoria dos pesquisadores Benjamin Gardner e Amanda L. Rebar, mostra que leva uma média de 66 dias até um hábito ser incorporado no dia a dia.

Por isso, eu te pergunto:

O que você começou a praticar 66 dias atrás que se tornou um hábito hoje?

Segundo a pesquisa, o motivo desse tempo é pois o cérebro precisa de um período de tempo para se ajustar a algo novo, seja um comportamento, uma relação, um emprego ou qualquer elemento novo no ambiente.

Depois desse período, aquilo passa a ser considerado parte da rotina e é incorporado pela percepção do corpo.

Portanto, esse período de adaptação é o momento crítico para quem deseja desenvolver e manter novos hábitos para decolar a carreira.

Confira 4 dicas abaixo:

1. Grandes metas, pequenos hábitos

É necessário definir objetivos realizáveis e concretos para que a meta se realize.

Por exemplo, se o objetivo for aprender uma nova língua, é preciso definir os períodos e método de estudo que mais se encaixam com a sua rotina hoje. Assim, você aumenta as chances de manter o hábito a longo prazo e não desiste no meio do caminho.

2. Aproveitar os hábitos que você já tem na rotina

Para facilitar que novo hábito seja incorporado na sua vida, uma dia é derivar novos hábitos de um comportamento que você já pratica hoje.

Por exemplo, se você sai para caminhar toda manhã, pode aproveitar esse tempo para ouvir um podcast ou audiobooks.

3. Menos escolhas

Em seu livroRápido e devagar”, Daniel Kahneman mostra que quanto menos opções estiverem disponíveis para o cérebro, mais energia o corpo terá disponível para focar e manter os novos hábitos que está desenvolvendo.

Ou seja, priorize seus objetivos e estabeleça metas para onde você quer chegar!

4. Atenção ao ambiente

Um dos maiores influenciadores de novos hábitos e comportamentos é o ambiente onde as pessoas passam a maior parte do tempo.

Por isso, é essencial adaptar o ambiente de modo a facilitar ao máximo a energia gasta com o comportamento que se deseja adquirir. Por exemplo, colocar os tênis e a roupa que você vai usar ao lado da porta do seu quarto pode facilitar o hábito de corrida.

Espero que essas dicas te ajudam a virar a chave que você precisa para transformar a sua carreira no próximo ano, focando em produtividade sem perder a saúde.

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Como o conhecimento de cronobiologia pode transformar a sua carreira no próximo ano



São várias habilidades necessárias para avançar na sua carreira e conquistar os seus objetivos profissionais. Mas independentemente da sua área, um dos assuntos que você precisa dominar é a sua inteligência biológica.

Se você tem dificuldade para manter a concentração durante um dia de trabalho, percebe seus pensamentos divagando, não consegue finalizar suas tarefas e se sente constantemente sobrecarregado, esse conhecimento pode fazer toda a diferença na sua rotina e transformar a sua carreira.

No artigo de hoje, eu vou te mostrar como você pode rever alguns hábitos que estão destruindo a produtividade e acabando com a sua saúde a partir da cronobiologia, a ciência do seu timing interno.

O que é a cronobiologia

A cronobiologia é um campo científico que se dedica ao estudo do tempo biológico. Ou seja, o tempo dos nossos corpos, o relógio natural que todos nós temos.

Essa área da ciência vem sendo estudada desde 1960 e tem inúmeras pesquisas, como a do pesquisador alemão Till Roenneberg, um dos estudiosos mais renomados da cronobiologia, mostrando que os nossos relógios biológicos afetam inúmeras áreas do nosso corpo, desde a maneira como os nossos genes se manifestam até o nosso padrão de sono.

E sim, a maneira como nós trabalhamos, nossos picos de produtividade e até mesma a hora em que nós somos mais criativos são influenciados pela cronobiologia.

Quando tentamos seguir um modelo único de produtividade que não leva em consideração nossos ritmos internos, corremos o risco de nos sentirmos desgastados e improdutivos.

A importância de usar a cronobiologia no dia a dia

Imagina a seguinte situação. Você está no trabalho, depois do almoço, e tem uma reunião importante com a liderança no final do dia onde vai fazer uma apresentação de resultados.

Mesmo sabendo que precisa ajustar os últimos detalhes da apresentação, você sente dificuldade em manter a concentração em uma tarefa. Aparecem pensamentos aleatórios de coisas que tem para fazer, tipo ir no mercado, pegar seu filho na escola, boletos.

São milhares de coisas que 10 segundos depois que elas passaram pela sua cabeça, você esquece. É um ciclo onde você lembra, esquece, lembra, esquece, e nunca tem muita clareza do que exatamente você precisa fazer.

Isso porque, na verdade, você está ocupando seu tempo apagando incêndios e resolvendo situações urgentes que já deveriam estar finalizadas.

E você sabia que isso impacta diretamente o seu bem-estar?

Tem uma pesquisa muito famosa sobre esse assunto de dois pesquisadores da Universidade Harvard, uma das mais renomadas do mundo. O Matthew Killingsworth e seu colega, Daniel Gilbert, identificaram que nós não estamos focados durante quase metade do tempo que estamos acordados.

Ou seja, se você é como a maioria das pessoas e fica acordado 16 horas por dia, isso significa que está distraído durante 8 horas.

E não é só quando estamos no trabalho e queremos escapar para uma praia, pensando nas férias!

A pesquisa mostra que nós raramente estamos prestando atenção no momento presente, e isso tem um custo altíssimo para as nossas emoções, já que a distração está diretamente ligada a maiores níveis de infelicidade.

Agora, imagina que essa urgência toda não acaba.

Você tem uma pilha aparentemente infinita de tarefas e compromissos, todas são prioridades e todas são urgentes. São projetos no trabalho, responsabilidades em casa, prazos se aproximando e a pressão constante de cumprir com todas essas obrigações.

Mas, ao invés de ser produtivo, a sobrecarga pode paralisar e você fica com a sensação de estar preso em um labirinto de responsabilidades sem fim.

Você se pergunta: “O que é mais importante? Por onde devo começar? Como posso fazer tudo isso em tempo hábil? O que é realmente uma prioridade?”.

Em 2022, pesquisadores coreanos publicaram na revista científica Administrative Sciences que a sobrecarga de tarefas no trabalho contribui – e muito – para o estresse no trabalho, além de impactar negativamente a nossa motivação. Isso vira um ciclo vicioso, onde não temos motivação para sermos produtivos e as tarefas só acumulam ainda mais…

Aposto que você já viveu uma situação parecida com essa, é ou não é?

Na tentativa de solucionar a sobrecarga de tarefas, você salta de uma atividade para outra, sem um plano claro em mente. Durante o dia, você está sempre tentando administrar múltiplas demandas, pulando entre uma tarefa e outra, mas concluindo poucas.

É como se você estivesse correndo em uma esteira, mas não importa o quão rápido você corra, nunca chega a lugar nenhum.

Isso cria uma sensação de estar sempre ocupado, mas raramente ser produtivo.

Se isso é um problema para você que te impede de crescer na sua carreira, anota essa dica que eu vou te dar.

Ao invés de trabalhar contra o ritmo natural do seu corpo e ainda acabar com a sua saúde enquanto você não atinge os resultados que gostaria, você precisa conhecer os seus picos naturais de energia e organizar uma agenda biológica para o seu trabalho.

O primeiro passo é conhecer o seu cronótipo. Com isso, você descobre também os horários em que é mais produtivo e passa a usar a sua biologia a seu favor.

Vou disponibilizar um teste científico para você fazer isso nesse link.

Espero que esse seja o começo de uma jornada onde você aprenda a ouvir mais o seu corpo e se torne cientista de si mesmo.

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Source: IDHL